O que fazer com seus investimentos na crise?
Embora seja positivo ter economias e aplicações em períodos de incerteza econômica (na verdade, fundamental), é preciso criar estratégias inteligentes para manter o dinheiro no local mais seguro e rentável possível. E você sabe como rebalancear seus investimentos na crise?
Neste período de pandemia, não é preciso entrar em pânico com o risco de perda de renda ou de desvalorização de investimentos.
Existem sim alguns ativos resilientes, para os quais você deve olhar durante a retração econômica e, com isso, manter suas finanças pessoais sob controle em meio à tempestade. Neste artigo, vamos mostrar o que fazer com os investimentos na crise!
O que fazer com os investimentos na crise?
Não adianta apenas montar uma carteira de investimentos na crise: é preciso reequilibrá-la constantemente, no passo das mudanças dos mercados.
Um levantamento feito pela rede social Leadr, por exemplo, mostrou que mais de dois terços dos investidores mudaram seus investimentos depois que a crise causada pelo novo coronavírus explodiu no mundo inteiro.
Embora as estratégias de manejo de risco devam ser diferentes para cada perfil de investidor (segundo fatores como objetivos, idade, grau de escolaridade, experiência no mercado e nível de reserva financeira), existem algumas diretrizes comuns para proteger suas economias.
Migrar de perfil
Nesse momento de crise, “quanto meus investimentos renderão” é menos importante do que “como proteger meu capital”.
Assim, ainda que você tenha um perfil arrojado e esteja investindo em ações, derivativos ou outros ativos de alto risco, é crucial realinhar sua carteira, aumentando a proporção de renda fixa, previdência privada, e outras fontes de proteção.
Além disso, não importa qual o seu perfil de investidor, é importante garantir um seguro de vida que assegure proteção financeira em caso de imprevistos, sobretudo relacionados à sua saúde.
Evitar movimentar dinheiro
Considerando que ainda não há vacinas, bem como que o vírus causador da COVID-19 tem transmissibilidade 1.000 vezes maior do que seus congêneres, não há como saber quando sairemos plenamente da quarentena, virando a página dessa crise sanitária.
Dessa forma, é crucial para a saúde de suas finanças pessoais gastar o mínimo possível nesse período. Em um momento de maior sensibilidade às dificuldades orçamentárias das famílias (além de frequente suporte judicial para tais questões), abra as negociações com todos os seus provedores de serviços.
Escola, telefonia, TV a cabo, internet, aluguel: tudo deve ser renegociado, buscando redução mínima de 10% em cada item. Para além desse esforço, gaste apenas o necessário.
Investir a longo prazo
O cenário atual comprova por que todos os brasileiros precisam ter investimentos. Em períodos de crise, a taxa de desemprego explode, o poder de compra vai ao chão, e a capacidade do Estado em prover diretos sociais (como aposentadoria) se esvai.
Se você não tinha aplicações financeiras até agora, este é o momento de fazer com urgência uma aplicação de longo prazo. Alguns dos melhores investimentos podem ser feitos com aportes mensais de menos de R$ 100. Esse pode ser o preço da paz em novos momentos de crise como o que estamos vivendo hoje.
Fazer reserva de emergência
O Brasil tem um dos menores índices de poupança do mundo (27,97% contra 53,33% de Portugal, por exemplo). Esse cenário culmina em resultados de pesquisas como os que, em 2017, atestaram que 44% dos brasileiros não tinham R$ 2.500 para levantar a título de reserva de emergência.
Não podemos continuar vivendo como se não houvesse amanhã, ou como se vivêssemos em um movimento cíclico de equilíbrio. Crises, pandemias, guerras e distorções financeiras de toda espécie fazem parte da História.
É preciso aprender a usar momentos de tranquilidade para assegurar estabilidade financeira permanente, ainda que o futuro indique turbulência.
Onde fazer investimentos na crise?
Reforçamos a necessidade de que, nesse momento, você deve se preocupar mais em proteger o seu capital que fazê-lo render. Por isso, é essencial realizar investimentos de baixo risco, como os que vamos citar a seguir.
LCI/LCA
Já ouviu falar em Letras de Crédito Imobiliário/do Agronegócio? Assim como o CDB, esses títulos são emitidos pelos bancos no intuito de captar recursos para lastrear a carteira de empréstimos do setor imobiliário e/ou do agronegócio.
São títulos de renda fixa, protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito, que garante ressarcimento de até R$ 250 mil por CPF e por banco em caso de falência da instituição) e isentos de Imposto de Renda.
As LCIs/LCAs podem ser bons investimentos na crise por conta de sua versão prefixada, na qual você já sabe o percentual de remuneração de seus títulos no ato da compra.
A outra possibilidade de rendimento (pós-fixada, apoiada no CDI, índice muito próximo à inflação) não é uma opção estratégica em um momento de juros na mínima histórica, como o que vivemos atualmente.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto pode ser uma opção interessante, a depender do tipo de ativo escolhido. Para quem não está muito familiarizado com o termo, Tesouro Direto é um programa do Governo Federal para emissão de títulos públicos, cujo investimento pode ser feito a partir de R$ 30.
Trata-se de um investimento em renda fixa, de baixo risco, que consiste em comprar títulos do governo, em uma espécie de “empréstimo” ao Estado; como a maioria dos investimentos em renda fixa, o objetivo é resgatar seu capital em determinada data, com os juros acordados no momento da compra do papel.
Basicamente, existem 3 tipos de títulos do Tesouro Direto:
• Tesouro Prefixado: nesse ativo, você sabe exatamente quanto vai ser o rendimento de sua aplicação já no ato da compra;
• Tesouro Selic: nesse título pós-fixado, você não sabe exatamente quanto será o rendimento, mas tem o indexador que vai nortear a flutuação (a taxa básica de juros da economia);
• Tesouro IPCA: título híbrido, que paga uma parte prefixada e outra pós-fixada com base na variação da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Em um momento de crise e de juros em queda livre, não faria sentido investir em Tesouro Selic; entretanto, o mesmo não pode ser dito em relação ao Tesouro IPCA, uma das poucas aplicações com rentabilidade acima da inflação garantida (vale a pena pesquisar os rendimentos líquidos em aplicativos de investimento).
Previdência Privada
Junto ao seguro de vida, é a proteção financeira essencial que todo cidadão deveria ter. Trata-se do pacote “básico” da estabilidade financeira: enquanto o primeiro resguarda o padrão de vida de seus entes queridos, caso uma fatalidade impeça você de estar com eles no futuro, a previdência privada é a porta de entrada para um futuro tranquilo para você mesmo.
Um plano de previdência privada é a oportunidade de não depender do Estado para manter sua qualidade de vida no futuro.
Em um momento “distópico” (como o que estamos vivendo atualmente), quem, em décadas anteriores, foi prevenido e separou uma pequena parte de seu orçamento para investir em previdência, hoje respira tranquilo.
Por outro lado, muitos chegam à terceira idade sem condições de se aposentar pelo INSS e, no momento atual, sem emprego também.
A previdência privada é uma aposentadoria que não depende do Estado, mas sim dos investimentos que você fez ao longo de décadas em sua vida.
Tem dois modelos de tributação (à escolha do investidor), sendo um deles exclusivo (o modelo regressivo, que tributa aportes feitos há mais de 10 anos em apenas 10%).
Existem dois planos de previdência complementar:
• Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL): permite a dedução de seus aportes anuais na declaração de IR, em um limite de até 12% da receita bruta do investidor no ano. No resgate, a tributação incidirá sobre o total aplicado;
• Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL): não tem a vantagem fiscal acima; todavia, a tributação feita no resgate alcança apenas os rendimentos, e não o capital total aplicado.
Em um momento de crise, ter a segurança de um plano de previdência é fundamental para organizar suas finanças pessoais no presente, sabendo que o futuro já está assegurado, independentemente de governos.
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